Thursday 25 September 2008

Nove meses de muita informação

Nooooossa, faz tanto tempo que não escrevemos no blog que daqui a pouco vou dar à luz! Literalmente! Para quem ainda não sabia, estamos grávidos!!!!! Ontem o Shuaia, como chamamos carinhosamente nosso feto - cujo sexo só será revelado na próxima ultrassonografia (em novembro, ansiedaaaaaaadeeeeeee) - fez 13 semanas.
Bom, e como grávidas têm tendência a achar que o mundo gira em torno da barriga delas e não conseguem falar sobre nada que não esteja ligado à "condição interessante” (classificação esta de um colega da redação) em que elas se encontram, vocês vão ter de me agüentar!

Hoje comprei meu terceiro livro sobre gravidez pela Internet e, de quebra, recebi meu quarto emprestado de uma colega grávida da redação. Em um daqueles depoimentos de compradoras do livro que você está pensando em adquirir pela Internet, uma leitora disse ter lido 15 durante a gravidez!
Uma amiga minha, a Anja Barbada, diz que estou exagerando e entupindo meu cérebro com uma quantidade excessiva de informações sobre o assunto.

Mas é normal as grávidas de primeira viagem terem mil dúvidas e perguntas e quererem entender cada reação nova (e são tantas!) do corpo. Aqui, recorremos aos livros e a sites especializados na Internet (este é o meu favorito: www.babycentre.co.uk). No Brasil, a tática é bem mais simples. Como disse a Gi, uma amiga minha: “É só escolher um médico e pronto!”. Não sei se esta é a regra, mas ouvi dizer que cada dúvida, cada reação diferente significa um telefonema para o médico.

O problema é que aqui o sistema é bem diferente. A partir do momento em que você descobre que está grávida, você marca uma consulta com seu clínico geral, que te dá um livreto com instruções básicas sobre a gravidez, como que comidas devem ser evitadas, que métodos para dar à luz estão disponíveis e várias outras dicas.

Os primeiros exames ocorrem apenas por volta da 12ª semana. E o acompanhamento passa a ser feito não por um obstetra, mas sim por uma “midwife”, que poderia ser traduzido como uma parteira, mas é mais do que isso. É alguém que te orienta durante os nove meses (ou melhor, os seis meses restantes) de gravidez. O problema é que a cada consulta – uma bem espaçadas da outra na fase inicial – é uma midwife diferente que faz o atendimento, o que impede que haja um acompanhamento mais pessoal do processo, como ocorre no Brasil. Muitas vezes se descobre na hora do parto que é uma midwife que você nunca viu antes que vai fazer seu parto. Médico obstetra só aparece se houver alguma complicação.

Talvez porque o grupo de brasileiros no qual eu me incluía – os com plano de saúde particular – seja tão “mimado” pelos médicos, a sensação aqui no Reino Unido é de um pouco de desamparo. E talvez seja por isso que recorremos mais aos livros. Pode ser que estejamos nos sobrecarregando de informações, mas a prática me deu segurança.
Há poucos meses, eu ficava horrorizada só de pensar em dar à luz no sistema público britânico. Hoje em dia, após centenas de páginas de leitura, meus temores diminuíram consideravelmente, apesar de uma parte de mim ainda morrer de ansiedade e medo de que algo dê errado na hora H. Mas, acho que este é um temor universal de grávidas, não?!

4 comments:

  1. Viva!!!! É vida dentro da vida!!!
    Saúde aos pais do Shuaia, que promete ser um bebê bem vivo.
    Já estou com saudades.

    beijocas

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  2. ebaaaaaa!
    agora... shuaia????? coitado, déa! rs...

    e eu que nunca engravidei na vida mas me cerco cada vez mais de amigas grávidas e, naturalmente, monotemáticas, achei que já sabia (quase)tudo sobre o tema...

    não vejo a hora de olhar pra carinha dele (a). vou ter que fazer uma visita, droga! hohoho...

    beijos mil.

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  3. putz... saudade do choinhanhio!!
    e ai do francês se não fizer todos os desejos da mãe...

    bjos

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  4. Parabéns Andrea!! Não sabia! Minha mana vai dar à luz em 1 mês. Que venha com muita saúde, paz e amor!!

    Marc

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