Monday 30 April 2007

Idade da Internet discada


Lembram da época em que demorávamos intermináveis minutos para entrar em uma página na Internet por causa da conexão com linha discada? Lembram da época em que não dava para apertar a tecla “estrela” no telefone porque o aparelho era de disco? Bom, parece que o Cairo teima em se manter o máximo possível nos velhos tempos.
Percebi isso logo no primeiro dia aqui no escritório da BBC Árabe, onde costumo passar pelo menos parte dos meus dias úteis – ou inúteis, dependendo da velocidade da Internet por aqui… Ainda não cheguei a cronometrar, mas tem dias que levo mais de 5 minutos para abrir uma página. E olha que a Internet não é discada! “Ah, mas o sistema está sobrecarregado”, é a explicação que me dão, como se eu fosse ficar satisfeita com ela... Quero só ver quando tiver de dar um "Breaking News" daqui. Torço para estar em casa. Mas aí lembro da Internet no awama (a casa-barco)...
É lá que eu passo outra parte dos meus dias úteis de trabalho. Ou inúteis, mais uma vez, quando o provedor simplesmente resolve cortar o serviço sem aviso prévio alegando que a conta (que foi cobrada duas vezes depois de já ter sido paga – ineficiência do serviço de cobrança, que foi terceirizado) não foi paga. E aqui não tem como não pagar a conta! Vem um cara cobrar na sua porta, já que, obviamente, ninguém aqui conhece pagamento via Internet…
Enfim, lá foi o Julien argumentar com a empresa “in loco”, na sede da ineficiente e enrolada dita cuja. Foi quando ele descobriu que as contas “não-pagas” eram três meses do ano passado!!! Quando ainda nem estávamos aqui!!! Tudo bem, a conta era do meu antecessor, que, obviamente, pagou tudo, mesmo porque parte é paga pela nossa empresa. Enfim, o resumo da ópera é que precisávamos pagar seis meses de Internet para garantir que não iríamos dar outro calote. OUTRO????
Depois de muito argumentar, pensar em mudar de companhia e arriscar ficar mais de um mês sem Internet, pagamos três meses de conta e continuamos com o maldito provedor.
Bom, hoje chego no awama para o meu período de trabalho em casa e, mais uma vez, a Internet não colabora. Só que desta vez foi a companhia telefônica que resolveu simplesmente desligar a linha para fazer algumas "melhorias". E estas são informações extra-oficiais, diretamente do nosso bawab (porteiro), porque logicamente não tem Cristo, nem Alá, que consiga fazer alguém se manifestar no atendimento ao cliente da empresa! Portanto, agora é falar como os egípcios: Inshaalah a linha volta!
O mais absurdo ainda está para ser contado. Aguardem.

Wednesday 25 April 2007

`arabiyya


O carro, automóvel, ou "`arabiyya", no Egito é um ícone, sem dúvida.
Quase tudo no dia-à-dia da vida aqui no Cairo tem haver com o carro, seja a poluição do ar ou sonora com as intermináveis buzinas e o trânsito absolutamente caótico. Não é como em Sampa ou Rio, aquele trânsito paradão.
É mais ou menos o seguite: a regra é que não existe regra, não existe farol, não existe preferencial, não existe contra-mão, tudo é na base da buzina, e o caos é completo.

Pode perguntar para qualquer um que more ou já esteve aqui, não existe nada igual. E é até motivo de orgulho para a maioria dos "motoristas" ou "pilotos de playstation", como disse um amigo meu.
Taxi é o meio de transporte mais comum aqui, barato e cheio de acontecimentos próprios, mas isso merece um post único no futuro, e bem longo.

Outra característica é que a frota de carros é única também. Carros novos como em qualquer país e uma quantidade enorme de carros velhos, sejam os completamente destruídos, reformados, reconstruídos e os clássicos cuidadosamente mantidos.


Não sou nenhum conhecedor ou adorador de carros mas é um grande barato.


Sempre que eu tiver um carro bacana vou colocar aqui no Blog.


Abrazz

Sunday 22 April 2007

Serviço 24 horas


Em mais uma manifestação do aquecimento global, Cairo foi vítima de uma "tempestade" na noite de quarta-feira. Para os egípcios foi um fenômeno, uma chuva forte e inesperada para esta época do ano. Tanto que o bawab (porteiro) do nosso barco acordou resfriado no dia seguinte. Para quem mora em São Paulo, a chuva não era nada fora do normal, bem longe daquelas que alagam ruas e provocam deslizamentos que nos atormentam no verão. Além disso, durou, no máximo, meia hora...
Porém, assim como as pessoas daqui, as estruturas das casas não foram feitas para uma chuva destas. Eis que sentimos um cheiro de queimado suspeito em casa e vinha das imediações do botijão de gás, o que me deixou em pânico. Mas não era vazamento. Era a caixa da energia da casa que fica em cima do fogão, abastecido por um botijão de gás. Quando o nosso bawab abriu a caixa, ela parecia uma bomba-relógio: várias luzinhas piscando, avisando que tudo estava prestes a explodir. Plásticos derretendo, água pingando entre os fios, o maior perigo…



Desligamos a energia de casa, acendemos velas e começamos a longa espera pelo eletricista. Ele chegou umas duas horas depois, por volta de meia-noite. Consertou o que podia naquela hora e com aquela escuridão e disse que voltaria no dia seguinte. Esperamos o cara o dia inteiro. E sabem a que horas ele veio? À meia-noite, de novo! O cara só trabalha de madrugada! Hahahaha! E o mais engraçado foi o bawab tocando a campainha em casa ter se espantado que nós estávamos indo dormir! Ele disse: "Mas já?". Agora entendi por quê a casinha dele está fechadinha às 9h da manhã quando saio para o trabalho!

Tuesday 17 April 2007

Neblina amarela



Antes mesmo de chegar ao Cairo, quando eu matutava a idéia de virar correspondente aqui, eu já tinha sido avisada: “O pó. O pó é insuportável.” Quem me disse foi a correspondente de Tel Aviv, Guila Flint, que diz que quando tem tempestade de areia no Egito ela chega até Israel.
Já aqui no Cairo me disseram que o céu fica todo amarelo, nublado, e os móveis, o chão e qualquer objeto exposto na casa ficam com camadas e mais camadas de pó.
Pois bem, a época de tempestades de areia, chamada “Khamaseen” (a palavra vem de Khamsin - 50 em árabe, que é a quantidade de dias que os ventos costumam durar), chegou no fim de março e confesso que fiquei até um tanto quanto decepcionada com o que vi.
Até hoje. Acordamos com um vendaval e o barco balançando muito. O Nilo estava feroz. Aos poucos foi ficando tudo mais nublado, mais amarelo, comecei a sentir pó entre os meus dedos e o teclado do meu computador e o nosso banco e cadeira de plástico da varanda foram jogados de um lado para o outro com a violência do vento (aliás, a cadeira acabou sendo espatifada contra a cerca da varanda).
A cidade fica toda nublada, mas em vez de neblina é pó, muuuuito pó. Dêem uma olhada nas fotos e comparem a vista da ponte mais próxima do nosso barco com e sem a tempestade.





Nesta época todos os faxineiros (sim, no masculino, porque aqui a maioria é homem, assim como os arrumadeiros de hotel, os cozinheiros, garçons, etc) estão com as agendas lotadas, porque a galera se estapeia para tê-los em casa no dia seguinte ao vendaval. É, nós demos azar, porque o dia de o Mohammed (o nosso faxineiro, do Sudão) limpar a nossa casa (aliás, definitivamente, homem não serve para limpar casa, qualquer diarista brasileira humilha o cara) é terça-feira. Portanto, amanhã quem vai ter de tirar os quilos de pó da casa somos nós!
Estas fotos o Julien tirou depois do vendaval, quando o pó ainda fica no ar durante horas.


Tuesday 10 April 2007

Saudades do peão de obra…

Antes de mais nada, espero que peão de obra não seja uma palavra politicamente incorreta. Se for, não a utilizei aqui com este intuito.
Vamos ao que interessa.



Que mulher no Brasil nunca recebeu uma daquelas cantadas toscas, antecipadas pelo típico fiu-fiiiiu, no melhor estilo “É a nora que a minha mãe pediu a Deus” e outras infâmias do gênero, para não mencionar as palavras básicas de baixo calão do vocabulário de qualquer peão de obra para denominar uma mulher que passa pelo local? Eis que uma amiga minha, que mora em Londres, diz um dia que sente saudades dos peões de obra por não aguentar mais a indiferença dos britânicos, que nem olham na sua cara, fazendo você se sentir a mulher mais sem-graça do mundo.
Bom, estou com a minha amiga: saudades dos peões de obra! Mas por motivos bem diferentes: os homens egípcios fazem qualquer peão parecer um lord inglês. Eles não podem ver um rabo-de-saia que saem soltando olhares e palavras obscenas – os termos, muitas vezes são em árabe, quando eu agradeço aos céus por ainda não tê-los aprendido nas minhas aulas… Mas o descontrole de testosterona não pára por aí. Muitos tentam passar a mão e te seguem pela rua.



O Centro Egípcio de Defesa dos Direitos da Mulher registrou algo ainda mais grave no ano passado, após o término do Ramadã: mulheres eram perseguidas nas ruas por grupos de homens, que as rodeavam e arrancavam suas roupas!!! Uma das vítimas fugiu para dentro de um táxi, que foi rodeado pelos insanos, que arrancaram a mulher lá de dentro.
Segundo o centro, mais de 70% das mulheres no Egito são assediadas praticamente todos os dias. E eu acredito, porque não tem um dia que eu piso na rua e não ouço uma gracinha (gracinha para quem, cara-pálida???).
Com o tempo, a gente aprende a ignorar as palavras, mas o sentimento de insegurança e o coração acelerado quando você percebe que alguém está te seguindo e você não sabe o que ele vai fazer persistem.
Bom, fui obrigada a mudar alguns dos meus hábitos de vestimenta – que já estavam longe de ser escandalosos. Calça jeans justa – detalhe: não são aquelas que prendem a circulação, são justas normais – só com uma bata cobrindo a bunda. Quando ando sozinha, amarro um lenço na cabeça e muitas vezes uso óculos escuros. Só quero ver o meu sofrimento no verão, sem poder usar blusa de alcinha debaixo do sol de 50º!
Obviamente, a minha pele albina e minhas roupas um tanto mais coloridas do que as tradicionais da mulherada daqui denunciam que sou gringa – e portanto, um alvo potencial de olhares tanto masculinos como femininos.
Mas o que me surpreendeu é que, segundo uma pesquisa parcial divulgada recentemente pelo Centro Egípcio de Defesa dos Direitos da Mulher, qualquer egípcia pode ser alvo do descontrole de testosterona da homarada daqui. Até mulheres de burca sofrem assédio, acreditam????
Portanto, brasileiras que estão pensando em vir para cá, é bom fazer um “intensivão” em frente às obras aí no Brasil antes de passar nervoso aqui…

Monday 9 April 2007

Suez


Fomos para Suez no sábado.
Bacana, cidade-porto, tudo lá vive em torno do Canal de Suez e das companhias petrolíferas. O Egito não é uma potência em termos de produção de petróleo, mas a região do Mar Vermelho garante um bom dinheiro.
Para rebater o peixe podre da sexta-feira (que eu,Julien, não comi), em Suez rolou a chance de comer um bom peixe, aliás, ótimo peixe. Para alguns Suez tem um dos melhores peixes do mundo, dizem que é um peixe salgado naturalmente nas águas do Mar Vermelho. Se é realmente isso, não sei, o fato é que é muito bom.
Mas a grande atração é ver os barcos(pequenos, médios, grandes,gigantes e monstruosos) atravessarem o Canal. Um local histórico, de um lado a África, de outro a Ásia, razão e local de batalhas e guerras.
Ainda é possível ver "pedaços ou restos" das barricadas que os Israelenses construíram durante a ocupação na Guerra dos 6 Dias.
Uma coisa interessante é ver como funciona o trabalho da travessia, são 163 Km entre as cidades de Suez e de Port Said na outra ponta do Canal, no Mar Mediterrâneo.
O Canal funciona nas duas direções, mas um lado de cada vêz, nós demos sorte de pegar um "comboio" entrando no Canal no nosso lado.

Bom, ao entrar no Canal duas operações básicas acontecem:
1- Um bote é literalmente içado para dentro do navio, no bote está um piloto que será o responsável por "dirigir" durante a travessia.
2 - Se necessário, provisões são entregues, também içadas, para a tripulação.
Fora isso, Suez não tem muito mais o que fazer. Existem praias e Resorts, mas distantes da cidade. Mas vale bastante pelo Canal e pela história.
Nessa foto tirada na cidade dá pra ter uma visão bacana: No meio do deserto, um navio cargueiro "atravessando a areia"....

Mais detalhes: http://en.wikipedia.org/wiki/Suez_Canal

Thursday 5 April 2007

Páscoa no Egito?



Amanhã não é Sexta-feira Santa e domingo não é Páscoa aqui no Egito, mas na segunda-feira, dia 9, os egípcios comemoram o Sham el Nessim. Para mim era apenas um dia de feriado – no qual vou trabalhar, de qualquer maneira - com um nome engraçado.
Isso até os meus colegas do escritório – todos egípcios – resolverem invadir a cozinha com um peixe chamado “feseekh”. Os mais simpáticos me recomendaram ir para a casa mais cedo, dizendo que em poucos minutos o cheiro de podridão iria tomar conta do ambiente. Os amantes do tal fessekh queriam que eu experimentasse o dito cujo e me contaram um pouco sobre as tradições do Sham el Nessim.
Encantada com a história bucólica do feriado, resolvi dar uma googlada para saber mais. Sham el Nessim quer dizer “aspirar a brisa” e marca o início da primavera no Egito. Acredita-se que ele seja comemorado há mais de 4,5 mil anos, sempre um dia após a Páscoa cristã. Neste dia, de manhã, as pessoas costumam sair de casa para aspirar o ar, que elas acreditam ter um efeito especialmente benéfico. Muitas vão para o campo ou fazem passeios de barco. Os que não podem sair do Cairo, se espremem nas poucas áreas verdes da cidade. E fazem piquenique - quando voltamos ao “feseekh”.
Para o meu azar, na minha googlada também surgiram detalhes sobre o tal peixe, que não tem cheiro de podre por acaso. Ele É podre!!!!
A tradição diz que o feseekh é o resultado de peixes armazenados em contêineres, onde ficam até incharem. Quando a putrefação deles está evidente, eles são salgados e ficam curtindo durante alguns meses.
Parece que, todos os anos, uns dez egípcios morrem vítimas de botulismo por causa do peixe. Muitos trocaram o feseekh por atum em lata por achar que o bicho podre não é saudável.
Bom, mas como uma apreciadora do espécime marinho, tive de encarar o desafio. Como quase todas as comidas egípcias – o peixe é dividido e comido em grupo, com pão, nacos de cebolinha e limão espremido em cima. Aliás, adoro essa comunhão na hora de comer, é muito buni!
Confesso, no entanto, que achei o peixe MUITO ruim e, pela primeira vez, comi algo com cheiro de podre que também tinha gosto de podre (não existe queijo no mundo que me espante pelo cheiro, porque sei que não tem como o gosto ser ruim)! Pelo menos posso me orgulhar, porque uma colega egípcia do escritório nunca sequer experimentou o feseekh e eu, a gringa, engoli!
A experiência não pára por aí. Depois de comer, as recomendações dos colegas eram: “Você tem o telefone da sua embaixada à mão, no caso de passar mal, né?!”, “Não encane com o cheiro nas mãos, deve durar alguns dias. Lave com limão e pó de café para sair”, “Ah! E não tome muita água. Você vai desidratar, é natural, por causa do excesso de sal e da cebolinha, mas muita água dificulta a digestão”
Resultado: estou aqui, na frente do computador, sedenta, com as mãos fedidas e o estômago embrulhado! Só espero estar viva no feriado!
Feliz Páscoa!



Olhem a "delicatesse" egípcia aí, armazenada de forma nada confiável...

Monday 2 April 2007

Chuva no deserto

E chegamos no Deserto Branco!!!! É, sem dúvida, o lugar mais diferente que eu já vi ao vivo. Digo ao vivo, porque já vi lugares bem parecidos em filmes como "Guerra nas Estrelas" e Cia. Não parece que estamos na terra! Quando você vê as rochas branquinhas, que parecem de gesso, dá a impressão que um exército de egípcios passam por lá todo dia para posicioná-las das formas mais diferentes possíveis com o intuito de arrancar suspiros dos turistas. E achamos casulos de estrelas do mar presas nas rochas! Comprovadamente, o deserto já foi mar!
As fotos dão uma idéia do que eu estou falando, mas para sentir o clima do lugar, só in loco mesmo... É demais.







Olhem aí os "abduzidos" no planeta branco...
Bom, e como vocês podem notar, o tempo não ajudou. Mas estávamos tão boquiabertos com o cenário e o astral que tomou conta da gente, que já estávamos achando que o mau tempo estava ajudando no clima "místico e sobrenatural" do lugar.
Mesmo assim, a marchinha (Ala-la-ô) não saía da nossa cabeça e estávamos sonhando com um sábado de sol. O nosso guia estava otimista e disse que era só chover uns 5 minutos para limpar tudo e nós termos um belo dia seguinte.
Yeah, right... Até parece que ia chover no deserto... Mas, obviamente, com a perseguição que sofremos de São Pedro, choveu!!!! No deserto do Saara!!!! As gotas vieram à noite, quando todos dormiam ao relento, sem telhado!!! E, como vocês sabem, faz frio no deserto à noite. Todos acordaram no meio da madrugada, se encolheram feito tatus-bola debaixo dos cobertores de lã, enquanto a chuva apertava mais e mais... Todos estavam torcendo, calados, para a chuva não apertar a ponto de passar pelos cobertores e nos encharcar. Eu já estava vendo todos nós, cubinhos de gelo molhados, sentados dentro dos jipes, tremendo de frio. Mas, para variar, fui muito alarmista e a chuva parou em tempo de apenas deixar meus pés e meu travesseiro molhados.
Ah! Mas assim que as primeiras gotas caíram do céu, quem se manifestou???? Sim, o nosso amigo MALA, que, para o nosso azar, armou o colchonete dele do lado do Julien. Diz o Julien - porque eu enfiei minha cabeça debaixo do cobertor de medo - que o ser sentou, levantou os dois braços para o céu e olhou para cima. Aí ele começou a rezar alto, em espanhol. Segundo o Julien, parecia cena de filme de terror, que a qualquer instante ia baixar um espírito beduíno nele e ele ia sair matando todo mundo. E ele dizia, quase gritando: "Sintam a chuva! Aproveitem para absorver a energia!" Deu arrepio na espinha...
Bom, e o sofrimento não levou a nada... O dia amanheceu nublado e frio... Mas depois até que melhorou e fizemos os dois passeios que não pudemos fazer no dia anterior. Aqui vai o Deserto Preto.



Tudo bem, o tempo não ajudou e a companhia do MALA atrapalhou, mas vimos um deserto que muitas pessoas que fazem este passeio com tempo bom não vêem. E é legal ver aquela areia correndo em cima da estrada e do deserto...
E pegamos chuva no deserto, um privlégio para poucos!
Além disso, o Saara é grande e temos tempo pela frente para fazer outra excursão, desta vez com 40 graus na sombra! :-)

Em casa, depois de deixar meio deserto no chuveiro quentinho - foram dois dias sem banho - nada como uma boa pizza e uma cerveja... Gelada!